“Encerramos hoje o 3º Webinar com sentimento de êxito. Amigas e amigos que sofrem conosco da indignação de ver nosso país ser esbulhado, o grande trunfo que o ambientalismo e indigenismo desfrutam, e a desinformação ampliada desonestamente pela divulgação de inverdades e distorções, como vimos no último Fantástico – filmado em Surucucu, que tanto o ministro Aldo, como o ministro Heleno bem conhecem. (…) Nosso propósito é restringir esse universo de desinformação. Como dissemos: divulgamos aqui o que não foi dito em Glasglow. Nossos palestrantes, livres de ideologias, respaldam-se em fundamentos científicos ou no conhecimento da realidade, fatores que a opinião pública não tem acesso”. Com essas palavras, escritas pelo General Villas Bôas, Presidente do IGVB, Maria Aparecida Villas Bôas, abriu o último dia do webinar, para dar vez às falas do jornalista e ex-ministro Aldo Rebelo e do Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General Augusto Heleno.
Em um debate interessante com o mediador, o jornalista Alexandre Garcia, Aldo Rebelo falou de história, criticou a iniciativa da linguagem do gênero neutro e a fragmentação potencializada pela mídia. Lembrou, também, a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. “Escrevi artigos pro jornal O Estado de São Paulo muito críticos às decisões do Supremo, principalmente aos métodos usados. Você demarcar uma área gigantesca. Hoje, 70% de Roraima é parque e área indígena. 80% do Amapá. Só um parque foi 38 mil km quadrados, maior do que Alagoas, maior do que Sergipe, maior do que a Holanda, maior do que a Bélgica. Ninguém foi lá, ninguém viu, ninguém ouviu a Assembleia Legislativa, os sindicatos, os comerciantes, o governador, o prefeito. Ninguém foi ouvido. Uma coisa monocrática, dada por um juiz do Supremo”, criticou.
O General Heleno fez um panorama da situação geopolítica da Amazônia, falou sobre os 11 mil quilômetros de fronteira do Brasil na região amazônica e os sistemas de monitoramento; a biodiversidade avaliada em trilhões de dólares, mas explorada por quem chegar primeiro e tiver expertise; a necessidade de garantir melhores condições de vida aos povos da floresta, evitando assim que “se vendam” aos ilícitos. “O problema é que a Amazônia é uma área cobiçada do mundo. É uma inocência, é até uma falta de realismo, de inteligência operacional, imaginar que a Amazônia não é objeto de cobiça”, observou.
O Ministro Chefe do GSI apontou, ainda, diversos aspectos em que é preciso pressionar por mudanças, como no Poder Judiciário. “Nós vivíamos não uma ausência, mas uma espécia de abstinência do Poder Judiciário na Amazônia. Passávamos, às vezes, seis meses sem a presença de um juiz de direito em Tabatinga”, relatou. Tabatinga, distante mais de 1100 km de Manaus, fica na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, no Amazonas, uma das principais zonas de ilícitos. “Isso se alastra pela Amazônia e acaba campeando a insegurança jurídica na Amazônia”, avaliou.
O 3º Webinar encerrou a série deste ano sobre: “Uma moderna visão da plataforma geopolítica da Amazônia e as ações estratégicas para a defesa dos interesses nacionais na questão ambiental”. Iniciados em agosto, os encontros contaram com grandes nomes do pensamento nacional e trouxeram à tona diversos temas que tem menos ou nenhum espaço na mídia brasileira.
Perdeu a transmissão ao vivo? Assista agora no nosso canal do Youtube. https://www.youtube.com/watch?v=yPaPm5Py1UY
Todos os vídeos da iniciativa Webinar já estão disponíveis no canal do IGVB no Youtube. https://www.youtube.com/channel/UCysfyvhm1qSrdAm96ekFu0A
Agradecemos a todos que prestigiaram e repercutiram os debates!
Agradecimento especial à nossa fotógrafa!
Fotos Cátia Spegiorin