O primeiro dia do 4º Webinar IGVB – Brasil 2022: 200 Anos de Independência trouxe as palestras do Secretário Especial de Saúde Indígena, Reginaldo Ramos Machado, e da ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. Mediado pelo jornalista Alexandre Garcia, com participação on-line do General Villas Bôas, o encontro trouxe à tona informações sobre saúde dos povos indígenas e a situação das crianças nas comunidades indígenas.
Na abertura, a presidente do IGVB, Maria Aparecida Villas Bôas, leu as palavras escritas pelo General Villas Bôas para a ocasião. “Temos a ventura de contarmos na inteligência brasileira com um grupo de várias origens e motivações que corajosamente se dispõe a enfrentar a opinião pública nacional e internacional”, enfatizou. O discurso também enalteceu e agradeceu a presença do jornalista Alexandre Garcia.
Saúde indígena
Machado apresentou a Secretaria Especial de Saúde Indígena, setores e ações prioritárias. Em breve vídeo institucional, apontou que hoje o Brasil conta com cerca de 763 mil indígenas, que vivem em 6.431 aldeias, oriundos de 305 etnias e que falam 274 línguas diferentes. Nesse contexto, a Sesai tem por objetivo “prevenir, promover e recuperar a saúde indígena”. “Nos últimos anos, aumentamos de 19 milhões para 48 milhões de atendimentos, o que mostra a importância e o crescimento da SESAI”, comparou.
Crianças em perigo
Em sua participação, Damares Alves condenou a romantização pró preservação da cultura indígena, que pregava o isolamento dos povos e a não interferência, permitindo a existência de costumes arcaicos. “A humanidade avança. As culturas vão se adequando, vão se melhorando – eu espero que seja para melhor, realmente. Mas os povos indígenas brasileiros têm que ficar parados no tempo e no espaço, como povos primitivos. Mas será que é isso mesmo que eles querem?”, questionou.
Damares relatou práticas culturais indígenas que colocam as crianças em risco, como o sacrifício de bebês e rituais de passagem perigosos, envolvendo tortura e isolamento. “Eu não vou citar os povos envolvidos, porque quando eu falo em práticas culturais eu não quero que os brasileiros odeiem esses povos, mas entendam que precisamos levar informação. É preciso repensar a política indigenista, com amor”, disse.
O 4º Webinar continua na próxima terça-feira, 05 de julho. Inscreva-se aqui
Enquanto isso, reveja as participações de hoje no nosso canal do Youtube.
Esta foi a primeira edição realizada na sede do IGVB, em Brasília, com direito a visitas mais do que especiais.
Fotos lindas da nossa fotógrafa Cátia Spegiorin.